Acolhida

É com imensa satisfação que recebo todos vocês para compartilhar ideias e dividir experiências.

Aceito sugestões para enriquecer e aperfeiçoar este espaço de comunicação.

Um forte abraço,

Ivone Medeiros


sábado, 13 de novembro de 2010

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL EFICAZ: 5 ELEMENTOS BÁSICOS
Regina C. Drumund

1 - AUTO -IMAGEM (ou autoconceito)
O fator isolado mais importante que afeta a comunicação entre as pessoas é a sua auto-imagem - a imagem que têm de si mesmas e das situações que vivenciam. Enquanto as situações podem variar em função do momento ou do lugar, as crenças que as pessoas possuem acerca de si próprias estão sempre determinando seus comportamentos na comunicação. O eu é a estrela em todo ato de comunicação.
Cada um tem milhares de conceitos a respeito de si mesmos: quem é o que representa, onde existe, o que faz e não faz, o que valoriza, no que acredita. Estas auto-percepções variam em clareza, precisão e importância de pessoa para pessoa.
A importância da Auto-imagem - A auto-imagem de alguém é quem ela é. É o centro do seu universo, seu quadro referencial, sua realidade pessoal, o seu ponto de vista particular. É um valor através do qual ele percebe, ouve, avalia e compreende todas as coisas. É seu filtro individual do mundo que o cerca.
A auto-imagem de uma pessoa afeta sua maneira de se comunicar com os outros. Um auto-conceito forte, positivo, é necessário para haver interações satisfatórias. Por outro lado, uma auto-imagem fraca, inferior, freqüentemente distorce a percepção do indivíduo relativamente a como os outros o vêem, o que gera sentimentos de insegurança no seu relacionamento interpessoal.
Alguém que tem a respeito de si mesmo, uma impressão negativa, poderá encontrar dificuldades em conversar com os outros, em admitir que esteja errado, em expressar seus sentimentos, em aceitar críticas construtivas que lhe forem feitas ou em apresentar idéias diferentes das dos outros. Sua insegurança o leva a temer que os outros deixem de apreciá-lo se discordar deles.

2-SABER OUVIR
Toda aprendizagem relativa à comunicação tem focalizado as habilidades de expressão oral e de persuasão. Até há bem pouco tempo dava-se pouca atenção à capacidade de ouvir. Esta ênfase exagerada, dirigida para a habilidade de expressão, levou a maioria das pessoas a subestimarem a importância da capacidade de ouvir em suas atividades diárias de comunicação.
O ouvir, naturalmente, é algo muito mais complicado do que o processo físico da audiçãoou de escutar. A audição se dá através do ouvido, enquanto que o ouvir implica num processo intelectual e emocional que integra dados ou inputs físicos, emocionais e intelectuais na busca de significados e de compreensão. O ouvir eficaz ocorre quando o destinatário é capaz de discernir e compreender o significado da mensagem do remetente. O objetivo da comunicação só assim é atingido.
          O terceiro Ouvido - O processo de ouvir eficazmente é conhecido como ouvir com o terceiro ouvido. O ouvinte eficaz escuta não só as palavras em si como também seus significados subjacentes. O seu terceiro ouvido, ouve aquilo que é dito entre as sentenças e sem palavras, aquilo que se expressa silenciosamente, o que o emissor fala e pensa. Logicamente, o ouvir com eficácia não é um processo passivo. Ele desempenha um papel ativo na comunicação. O ouvinte eficaz interage com o interlocutor no sentido de desenvolver os significados e chegar à compreensão.
Diversos princípios podem servir de auxílio para o aprimoramento das habilidades essenciais para saber ouvir.
1 - O ouvinte deve ter uma razão ou um modo próprio de ouvir.
2 - É importante que, inicialmente, o ouvinte suspenda julgamentos.
3 - O ouvinte deve resistir a distrações: barulhos, pessoas, olhares e focalizar o interlocutor.
4 - O ouvinte deve esperar antes de responder ao seu interlocutor. As respostas que são dadas imediatamente reduzem a eficácia do ouvir.
5 - O ouvinte deve repetir, palavra por palavra, aquilo que o interlocutor está dizendo.
6- O ouvinte deve recolocar, em suas próprias palavras, o conteúdo e o sentimento daquilo que o outro está dizendo, para que o interlocutor confirme se a mensagem que transmitiu foi realmente recebida.
7 - O ouvinte deve buscar os temas, os pontos centrais daquilo que o interlocutor está dizendo, ouvindo através de palavras para atingir sua real significação.


3 - CLAREZA DE EXPRESSÃO
Ouvir eficazmente é uma habilidade necessária e negligenciada na comunicação, porém muitas pessoas consideram igualmente difícil dizer aquilo que querem dizer, ou expressar aquilo que sentem. É que.com freqüência, elas presumem simplesmente que o outro compreende a sua mensagem, mesmo que sejam descuidadas ou confusas em sua fala. Parecem achar que as pessoas deveriam ser capazes de ler as mentes uma das outras: e está claro para mim, deve estar claro para você também. Esta suposição é uma das maiores barreiras ao êxito da comunicação humana.
Uma tábua mais comprida É bem conhecido o caso criado numa família, quando o pai mandou que seu filho fosse ao depósito de madeira pegar uma tábua mais comprida. A criança pensou saber o que seu pai desejava e, obedientemente, dirigiu-se ao depósito. No entanto, a tábua mais comprida que trouxe ainda era curta, cerca de quarenta centímetros. O pai ficou zangado e acusou o filho por sua burrice e por não tê-lo ouvido. Ele simplesmente presumira que se ele sabia o que queria dizer por mais comprida, seu filho também saberia. Ele não se importara em fazer-se explícito ou em comparar a sua interpretação com a de seu filho.
O comunicador deficiente deixa que o ouvinte adivinhe o que ele quer dizer, partindo da premissa de que está, de fato, comunicando. Por sua vez, o ouvinte age de acordo com as suas adivinhações. O resultado óbvio disto é um mal entendido recíproco.
Para se chegar a resultados ou objetivos planejados - desde a execução da rotina diária de trabalho, até a comunicação mais profunda com alguém - as pessoas precisam "ter um meio de se comunicarem satisfatoriamente".
Um Comunicador Eficaz - Uma pessoa que deseja comunicar aos outros de forma eficaz, tem formado na mente uma imagem perfeita daquilo que está tentando expressar. Ao mesmo tempo, pode esclarecer e detalhar aquilo que está dizendo, demonstra boa receptividade (feedback) ao que lhe é dirigido e o utiliza como orientação em seus esforços posteriores de comunicação.

4- CAPACIDADE  PARA LIDAR COM SENTIMENTOS DE CONTRARIEDADE
A incapacidade de alguém para lidar com manifestações de irritação e contrariedade resulta, com freqüência, em curtos circuitos na comunicação.
Expressão - A: exterioridade das emoções é importante para construir bons relacionamentos com os outros. As pessoas precisam expressar seus sentimentos de tal modo que elas influenciem, remodelem e modifiquem a si próprias e aos outros. Elas precisam aprender a expressar sentimentos de raiva de forma construtiva e não destrutivamente.
As seguintes orientações podem ser úteis:
1- Esteja alerta para suas emoções.
2- Admita suas emoções. Não as ignore ou renegue.
3- Seja dono de suas emoções. Assuma responsabilidade por aquilo que fizer.
4- Investigue suas emoções. Não procure vencer uma discussão na base do revide, ou dar o troco.
5- Relate suas emoções. A comunicação congruente significa uma combinação satisfatória entre o que você está dizendo e aquilo que está vivenciando.
6- Integre suas emoções, o seu intelecto e sua vontade. Dê uma oportunidade a você mesmo de aprender e crescer como pessoa.
As emoções não podem ser reprimidas. Elas devem ser identificadas, observadas, relatadas e integradas. Aí, então, as pessoas podem fazer instintivamente os ajustes necessários à luz de seus próprios conceitos de crescimento. Elas podem acompanhar a vida e mudar com ela.

5 - AUTO-AJUDA
A auto-ajuda ou a capacidade de falar total e francamente a respeito de si mesmo é necessária à comunicação eficaz. Uma pessoa não pode ter boa comunicação com outra sem buscar a auto-abertura, isto é, a transparência nas comunicações.
Este, sem duvida, é um processo recíproco. Quanto mais eu sei a respeito dos objetivos e metas propostas para a área, mais eficaz e eficiente será a nossa comunicação.
A dinâmica da confiança- a dinâmica do medo pode ser substituída pela dinâmica da confiança. Ninguém está inclinado a se empenhar pela auto-abertura numa situação ameaçadora. A auto-abertura só tem uma atmosfera de boa vontade. Às vezes, é necessário que uma pessoa assuma o risco de ter maior transparência para estimular a boa vontade nas outras pessoas. Confiança gera confiança; auto-abertura gera auto-abertura. O comunicador eficaz é aquele que consegue criar um clima em que a abertura recíproca pode florescer.
A comunicação eficaz, então, tem por base cinco componentes: uma auto-imagem adequada; a capacidade de ser um bom ouvinte; a habilidade de expressar claramente os próprios pensamentos e idéias; a capacidade de lidar com emoções; e se dispor para se expor, para revelar aos outros com atitudes e comportamentos transparentes.

Estude. Pratique.Sucesso.

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